Eulina Lavigne – Terapeuta Integrativa

Sobre a Homossexualidade

Recentemente, assistimos a polemica sobre se a homossexualidade é ou não é uma doença. A palavra doença vem do latim, dolentia que significa “ato de sentir dor”. Os médicos consideram as doenças como patologias que se apresentam em nosso organismo. No conceito da OMS – Organização Mundial de Saúde – doença é a ausência de saúde, um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades. Assim, criou o SID, que é uma Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde.

Sob esse prisma, deixo aqui a interpretação de cada um para qualificar a homossexualidade como desejar, embora a mesmo não conste como doença no SID.
O fato é que, tomando-se como base esses conceitos, entendo que os homossexuais, assim como qualquer Ser Humano, necessitam de apoio e suporte, quando não se sentem acolhidos socialmente. Quando um Ser é desqualificado pela sociedade e não aceito, independente de ser ele, heterossexual, homossexual, bissexual ou trans, ele pode sim desenvolver doenças, de ordem física, mental e social.

Na ótica das Constelações Familiares observam-se dois padrões de bloqueios sistêmicos relacionados com a homossexualidade, que se insere em dinâmicas ocultas: 1- quando a criança foi pressionada a representar alguém do mesmo sexo que foi excluído do sistema familiar, ou 2 – quando a criança permaneceu na esfera de influência do genitor do outro sexo (Hellinger, Bert. 1998).

No primeiro caso, ocorre quando em um sistema familiar, por exemplo, um menino(a) representa uma de suas irmãs (irmãos) mais velhas(os) que morreu, pois nenhuma (um) menina(o) sobreviveu. Ou um menino(a) que representa a(o) primeira(o) noiva(o) de seu pai (mãe), cujo relacionamento foi rompido de forma desarmoniosa. Ou até, quando na gestação a criança esperada não correspondeu a criança gestada e a mesma passa a ser tratada como a esperada.

No segundo caso, muito comum, quando a criança vive na esfera do genitor de outro sexo e mostra-se incapaz de realizar um movimento psicológico em relação ao genitor do mesmo sexo.

No entanto, quando trabalhamos com Constelação Familiar a intenção jamais será de alterar a orientação sexual do constelado, e sim, identificar bloqueios que possam estar impedindo ou limitando viver a vida em sua plenitude.

O que penso é que, assim como qualquer pessoa tem o direito de achar que a homossexualidade é doença ou não, mesmo não constando no SID, e assumir as suas responsabilidades por isso, cada Ser Humano tem o direito de ser o que é e como é e sentir-se feliz do jeito que é.

Se cada um de nós olhasse para si e procurasse se melhorar e não ao outro, buscasse se examinar e deixar de julgar o outro, com certeza viveríamos em maior harmonia.

Sejamos mais humanos e menos juízes dos outros. Até a Justiça hoje está em busca de soluções mais humanizadas para a solução de conflitos familiares e de qualquer ordem.

Cada um é o que é, e assim precisa ser, para que aprenda e evolua com tudo que precisa viver.

Artigo publicado no jornal Diário de Ilhéus em 06/10/2017

2 respostas para “Sobre a Homossexualidade”

  1. Estabecer padrões de comportamentos sem conhecimento de causa é correr o risco de comprometimento para consigo mesmo e para com o outro gerando o desconforto para ambos. Convém lembrar que a amorosidade e a fraternidade devem estar acima de qualquer conhecimento.

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Eulina M. Lavigne

Sou ariana/canceriana, que em busca de mim encontrei o meu lugar enquanto Terapeuta Transpessoal. Fui alta executiva durante 10 anos e aos 33 anos, em 1994 percebi que aquela não era a minha missão. E me tornei desde esse tempo um buscador de mim. Pois entendia que a partir de mim poderia cuidar do outro. E nessa busca conheci a Bionergética, os Grupos Operativos, DGCC - Diálogo e Gestão Criativa de Conflitos, as Constelações Familiares, as Práticas Integrativas, O Reiki Tradicional e o Xamânico, a Argiloterapia, a Experiência Somática, A Psicotraumatologia Junguiana, e a minha mais recente A Busca Meditativa. E hoje concluo a cada dia, que essa busca não tem fim. Sempre se inicia a cada dia e cada dia é um dia de rencontro. Entendi que quando cuido do outro também cuido de mim. E que essa é uma história que não tem fim.

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Sou ariana/canceriana, que em busca de mim encontrei o meu lugar enquanto Terapeuta Transpessoal. Fui alta executiva durante 10 anos e aos 33 anos, em 1994 percebi que aquela não era a minha missão. E me tornei desde esse tempo um buscador de mim. Pois entendia que a partir de mim poderia cuidar do outro. E nessa busca conheci a Bionergética, os Grupos Operativos, DGCC - Diálogo e Gestão Criativa de Conflitos, as Constelações Familiares, as Práticas Integrativas, O Reiki Tradicional e o Xamânico, a Argiloterapia, a Experiência Somática, A Psicotraumatologia Junguiana, e a minha mais recente A Busca Meditativa. E hoje concluo a cada dia, que essa busca não tem fim. Sempre se inicia a cada dia e cada dia é um dia de rencontro. Entendi que quando cuido do outro também cuido de mim. E que essa é uma história que não tem fim.

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