Eulina Lavigne – Terapeuta Integrativa

Pais e filhos

Segundo Bert Hellinger, criador das Constelações Familiares, a primeira Ordem do Amor sistêmica entre pais e filhos é o fato de os pais darem e os filhos receberem. A segunda, é a disparidade entre o dar e o receber. Sendo o amor dos pais pelos filhos incondicional, permite o desequilíbrio entre o dar e o receber. E a terceira, é quando os filhos são filhos e os pais são pais. Quando se respeita a ordem hierárquica de tempo e função.

Existem três padrões comuns de dar e receber, entre pais e filhos que são prejudiciais ao amor: quando os filhos se recusam a aceitar os pais como são; quando os pais tentam dar e os filhos tentam receber o que é prejudicial; e, quando os pais tentam receber dos filhos e os filhos tentam dar aos pais.

Hoje vamos cuidar do primeiro padrão.

Os filhos precisam compreender que os seus pais são os pais que precisam ter, que são os melhores pais para eles. Isso é fundamental para o seu processo de aprendizagem e crescimento nesta existência. E quando os pais sentem-se aceitos do jeito que são, ficam felizes e os filhos encontram a paz e prosperam.

Os filhos devem liberar os pais de qualquer expectativa e reconhecer que recebeu deles mais que o suficiente: a Vida! O mais que necessitarem pode ser dado ou conquistado.

Por mais que um filho acredite que foi prejudicado pelos pais, deve dizer a ele: “O que você fez é responsabilidade sua. E você continua sendo o meu pai/mãe. Não importa o que você tenha feito. Estamos ligados. Estou feliz por você ter me dado a Vida. Mesmo que seus atos tenham sido horríveis, sou seu filho, não sou seu juiz!

Quando os filhos tomam a vida ofertada pelos pais e a honram, sentem-se livres para amar e sentem-se em paz.

Ser pai e mãe está muito além do bem e do mal. É um serviço à vida e independe de juízos morais para ser honrado.

Aceitar os pais é incluir aquilo que é negativo, compreender as suas dores, os seus sofrimentos e tocar no fundo do coração deles. Assim, altera-se um padrão familiar.

Quando não os aceitam, repetem justamente o padrão negado, causando desequilíbrio.

Em nosso próximo artigo, bordaremos o segundo padrão: quando os pais tentam dar e os filhos tentam receber o que é prejudicial. Até lá!

Artigo publicado em 16/06/2017 no Jornal Diário de Ilhéus.

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Eulina M. Lavigne

Sou ariana/canceriana, que em busca de mim encontrei o meu lugar enquanto Terapeuta Transpessoal. Fui alta executiva durante 10 anos e aos 33 anos, em 1994 percebi que aquela não era a minha missão. E me tornei desde esse tempo um buscador de mim. Pois entendia que a partir de mim poderia cuidar do outro. E nessa busca conheci a Bionergética, os Grupos Operativos, DGCC - Diálogo e Gestão Criativa de Conflitos, as Constelações Familiares, as Práticas Integrativas, O Reiki Tradicional e o Xamânico, a Argiloterapia, a Experiência Somática, A Psicotraumatologia Junguiana, e a minha mais recente A Busca Meditativa. E hoje concluo a cada dia, que essa busca não tem fim. Sempre se inicia a cada dia e cada dia é um dia de rencontro. Entendi que quando cuido do outro também cuido de mim. E que essa é uma história que não tem fim.

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Sou ariana/canceriana, que em busca de mim encontrei o meu lugar enquanto Terapeuta Transpessoal. Fui alta executiva durante 10 anos e aos 33 anos, em 1994 percebi que aquela não era a minha missão. E me tornei desde esse tempo um buscador de mim. Pois entendia que a partir de mim poderia cuidar do outro. E nessa busca conheci a Bionergética, os Grupos Operativos, DGCC - Diálogo e Gestão Criativa de Conflitos, as Constelações Familiares, as Práticas Integrativas, O Reiki Tradicional e o Xamânico, a Argiloterapia, a Experiência Somática, A Psicotraumatologia Junguiana, e a minha mais recente A Busca Meditativa. E hoje concluo a cada dia, que essa busca não tem fim. Sempre se inicia a cada dia e cada dia é um dia de rencontro. Entendi que quando cuido do outro também cuido de mim. E que essa é uma história que não tem fim.

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