Eulina Lavigne – Terapeuta Integrativa

Os nossos terremotos e maremotos

Muitas vezes ouvi de amigos e conhecidos que somos privilegiados por morarmos no Brasil por ser um país isento de fenômenos como terremotos e maremotos, embora, tenha conhecimento de que esta possibilidade existe mesmo que remota.

E se esses são eventos raros em nosso país o que será que me mobiliza para escrever sobre esse tema? É que tenho observado que quando esses eventos tornam-se muito evidentes no noticiário, coincidentemente, escuto um grande número de pessoas relatarem as dificuldades pelas quais estão passando, sem me excluir desse movimento. Sem contar o número de eventos catastróficos que passam a acontecer no mundo, como assassinatos e desastres coletivos, que podem ser considerados verdadeiros terremotos pelo grau de devastação que causam na vida das pessoas e de todos que se encontram nas adjacências.

E me questiono se essa instabilidade, seja de ordem física, emocional, financeira, social, ou de que ordem for, pode ser um reflexo desse movimento de instabilidade da Terra. Pois, se pensarmos que a radiação eletromagnética, definida como uma energia que se move na forma de ondas eletromagnéticas à velocidade da luz (300.000 km/s), se propaga sem a necessidade de um meio material, seria essa instabilidade percebida por muitos, uma forma sútil da reverberação desses eventos?

Afinal de contas, se fortes terremotos no assoalho oceânico “sacodem” as águas, por que duvidar da possibilidade de nos sacudir em algum nível, já que o nosso corpo é constituído de mais de 70% de água e estamos sobre essa Terra que treme?

Estou falando de um campo de energia que se instala quando da ocorrência de tantos eventos traumáticos e como esses eventos reverberam em todos nós, trazendo angústias, ativando nossos medos, inseguranças para as nossas vidas.

Com todos esses eventos, será que nos permitimos pensar para que de fato estamos sendo convidados? Sim, pois acredito que tudo que nos acontece, por pior que seja, traz em sua essência um convite para algum aprendizado. Vem para nos fortalecer e nos tornar resilientes para os desafios da vida.

Seja qual for os terremotos ou maremotos que estejamos vivenciando, penso que existe um chamado para percebermos que Somos UM. Que em algum nível, do ponto de vista energético, somos atingidos por tudo que acontece com aquele que vive em nossa volta.

Então fica aqui o convite para ouvir o recado que esses eventos querem deixar para você. Procure escutar e agir pois quando não compreendemos o recado e recusamos o convite, o chamado posterior pode ser mais intenso e duro.

O certo é que em um dado momento tudo passa e o mar e a terra se acalmam e essa calmaria uma hora também chega em nossas vidas. Com fé!

Artigo publicado no jornal Diário de Ilhéus em 20/10/2017.

Deixe um comentário

Este artigo foi escrito por:

Picture of Eulina M. Lavigne

Eulina M. Lavigne

Sou ariana/canceriana, que em busca de mim encontrei o meu lugar enquanto Terapeuta Transpessoal. Fui alta executiva durante 10 anos e aos 33 anos, em 1994 percebi que aquela não era a minha missão. E me tornei desde esse tempo um buscador de mim. Pois entendia que a partir de mim poderia cuidar do outro. E nessa busca conheci a Bionergética, os Grupos Operativos, DGCC - Diálogo e Gestão Criativa de Conflitos, as Constelações Familiares, as Práticas Integrativas, O Reiki Tradicional e o Xamânico, a Argiloterapia, a Experiência Somática, A Psicotraumatologia Junguiana, e a minha mais recente A Busca Meditativa. E hoje concluo a cada dia, que essa busca não tem fim. Sempre se inicia a cada dia e cada dia é um dia de rencontro. Entendi que quando cuido do outro também cuido de mim. E que essa é uma história que não tem fim.

Picture of Eulina M. Lavigne

Eulina M. Lavigne

Sou ariana/canceriana, que em busca de mim encontrei o meu lugar enquanto Terapeuta Transpessoal. Fui alta executiva durante 10 anos e aos 33 anos, em 1994 percebi que aquela não era a minha missão. E me tornei desde esse tempo um buscador de mim. Pois entendia que a partir de mim poderia cuidar do outro. E nessa busca conheci a Bionergética, os Grupos Operativos, DGCC - Diálogo e Gestão Criativa de Conflitos, as Constelações Familiares, as Práticas Integrativas, O Reiki Tradicional e o Xamânico, a Argiloterapia, a Experiência Somática, A Psicotraumatologia Junguiana, e a minha mais recente A Busca Meditativa. E hoje concluo a cada dia, que essa busca não tem fim. Sempre se inicia a cada dia e cada dia é um dia de rencontro. Entendi que quando cuido do outro também cuido de mim. E que essa é uma história que não tem fim.

Veja também:

Faça seu agendamento:

Carregando...